12/04
Nadando
Começa sem som
O corpo vai; perna, pé, braço e mão;
Qual talento, qual dom
Prática, técnica, solidão
Quase como voar
Imerson por entre as águas;
De um tanque pro físico, pensar
Relembrar, esquecer, vomitar as mágoas
Em bolhas de ar de respiração
Mais rápido, mais rápido
A batalha contra o tempo na visão
Num rastro de memórias e cansaço
A pele quente, o corpo cresce
A cada metro, pernada, braçada
Numa reta de 25 em que não se mede
O tamanho da vida na chegada.