26/09
Nada vai mudar meu mundo
Correntes furiosas
Varrem chão de terra seca
Gigantes distantes
Cospem raios por cometa
Cidades tremem
E eu mudo
Mudo
Ruas mortas, desertas
Vias tortas entre setas
Pra todo lado
Por todo canto
Rios queimam em curso
E eu mundo
Mundo.
"é necessário devorar leão, ser leão; atacar leão; gritar uma supernova a cada minuto, o amor brilha." Ericson Pires
Encruzilhada
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Um poema por dia - 25/09 - Na curva da calçada, embaixo da escada, o fim para dois
25/09
Na curva da calçada, embaixo da escada, o fim para dois
Como quiser
Vou me quando vier
Você
Viver
Longe de uma mulher
Por quê?
Num universo do que puder
Querer
Um sabor, um valor
Uma dor qualquer
Cadê?
O pedaço de amor sobre uma colher
À mercê
É o resto de ardor por onde estiver
A perder.
Na curva da calçada, embaixo da escada, o fim para dois
Como quiser
Vou me quando vier
Você
Viver
Longe de uma mulher
Por quê?
Num universo do que puder
Querer
Um sabor, um valor
Uma dor qualquer
Cadê?
O pedaço de amor sobre uma colher
À mercê
É o resto de ardor por onde estiver
A perder.
sábado, 28 de setembro de 2013
Um poema por dia - 24/09 - Canto da madrugada V
24/09
Canto da madrugada V
Perseguindo letras
de dentro do manto da noite
sombras
me fazem companhia
imagens da poesia;
Governam um cenário,
meu diário
incendiário do desejo,
cabeçalho de um lampejo
sem nome ou forma
ou corpo ou norma;
Ser de alma pura
segura imaginação;
ingresso por bravura
madura intuição.
Canto da madrugada V
Perseguindo letras
de dentro do manto da noite
sombras
me fazem companhia
imagens da poesia;
Governam um cenário,
meu diário
incendiário do desejo,
cabeçalho de um lampejo
sem nome ou forma
ou corpo ou norma;
Ser de alma pura
segura imaginação;
ingresso por bravura
madura intuição.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Um poema por dia - 23/09 - Acabou chorar
23/09
Acabou chorar
O dia de melancolia
É silêncio
Dia cinzento
Triste de momento em momento
Dia vazio
Piso por um fio;
O não-lugar de um coração
É o descartar de uma canção
Aleatória
Um filtro sem memória;
Mas no fim me vem o som
Tempo bom e vai além;
À melodia dos Baianos
Tudo passa e fica bem.
Acabou chorar
O dia de melancolia
É silêncio
Dia cinzento
Triste de momento em momento
Dia vazio
Piso por um fio;
O não-lugar de um coração
É o descartar de uma canção
Aleatória
Um filtro sem memória;
Mas no fim me vem o som
Tempo bom e vai além;
À melodia dos Baianos
Tudo passa e fica bem.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Um poema por dia - 22/09 - Silêncio Atlântico
22/09
Silêncio Atlântico
A quem se cala
A fala
Pode me ver?
Do lado mais longe deste oceano
Fui-me, a viver outro plano
Por mim e por você
Sonhar menos que ser
Potência de próprio poder;
Ver por onde corre a água
Vem fugida a velha mágoa
Ensinada de pai pra filho
Filho e pai;
O perdão da sobrevida
Aqui se vai.
Silêncio Atlântico
A quem se cala
A fala
Pode me ver?
Do lado mais longe deste oceano
Fui-me, a viver outro plano
Por mim e por você
Sonhar menos que ser
Potência de próprio poder;
Ver por onde corre a água
Vem fugida a velha mágoa
Ensinada de pai pra filho
Filho e pai;
O perdão da sobrevida
Aqui se vai.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Um poema por dia - 21/09 - Canto do perdão
21/09
Canto do perdão
Perdoa, amor
Que a pele não esquece a dor
E o amor tem vias para dar
Tudo que precisar
Perdoa, amor
Que o choro teima em não secar
E os anos vem pra lhe cobrar
O que você plantou
Perdoa, amor
Confia que a dor vai passar
A chuva chega sem temor
E o tempo vai limpar.
Canto do perdão
Perdoa, amor
Que a pele não esquece a dor
E o amor tem vias para dar
Tudo que precisar
Perdoa, amor
Que o choro teima em não secar
E os anos vem pra lhe cobrar
O que você plantou
Perdoa, amor
Confia que a dor vai passar
A chuva chega sem temor
E o tempo vai limpar.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Um poema por dia - 20/09 - Quando me for, não olhe pra trás
20/09
Quando me for, não olhe pra trás
Eu vou te deixar
Como sopro no ar
Um grito ao vento
É só silêncio
Só silêncio
Vou partir
Vou fugir
À maneira de seguir
No contra-tempo
O contra-tempo
E se voltar
Vou sorrir
Vou ficar
E aqui me sento
Aqui me sento.
Quando me for, não olhe pra trás
Eu vou te deixar
Como sopro no ar
Um grito ao vento
É só silêncio
Só silêncio
Vou partir
Vou fugir
À maneira de seguir
No contra-tempo
O contra-tempo
E se voltar
Vou sorrir
Vou ficar
E aqui me sento
Aqui me sento.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Um poema por dia - 19/09 - Y
19/09
Y
Por entre os dias desperdiçados
E anos desperdiçados
A rima escorre da escuridão
Desafia o dourado leão;
Daqui ao sol
Maior, muito maior que o som
Sob pilhas e pilhas de dedos e medos
Desejos se afogam no chão;
Fugirei pro oceano
Navegando tantos dias
Num encontro com a noite
Milhas e milhas de longe;
Eleito estranho por mim mesmo
Ao longo de vida, sonho, ano
Ninguém te amou como ou te amo.
Y
Por entre os dias desperdiçados
E anos desperdiçados
A rima escorre da escuridão
Desafia o dourado leão;
Daqui ao sol
Maior, muito maior que o som
Sob pilhas e pilhas de dedos e medos
Desejos se afogam no chão;
Fugirei pro oceano
Navegando tantos dias
Num encontro com a noite
Milhas e milhas de longe;
Eleito estranho por mim mesmo
Ao longo de vida, sonho, ano
Ninguém te amou como ou te amo.
domingo, 22 de setembro de 2013
Um poema por dia - 18/09 - Homem caído em noite solitária
18/09
Homem caído em noite solitária
Por que choras, homem grande?
Pelo olho branco da noite?
Te queima, te olha, te mata?
Guerreiro ferido, que pensas?
Queres um pedaço de estrela?
Sentar no muro do infinito,
Ver o tempo se dobrar?
Que te come por dentro?
O imprevisível, o improvável, o impossível?
A chave perdida jogada no mar?
Nunca longe demais ou perto o bastante?
Por onde vais, menino?
Subir a escada virada pro céu?
Vencer a torrente do fim da rua?
Amores não morrem, mas mortos não choram.
sábado, 21 de setembro de 2013
Um poema por dia - 17/09 - O rugido
17/09
O rugido
gritos e ecos
berros secretos
as bestas do ventre
nas entranhas do sempre
a carga, o fardo
a merda, o fado
no centro do ser
reunindo poder;
monólogo de drama
o monstro tece sua trama
tal aranha com inseto
faz do homem, objeto;
dominação
alimentação.
Devorá-lo-á.
O rugido
gritos e ecos
berros secretos
as bestas do ventre
nas entranhas do sempre
a carga, o fardo
a merda, o fado
no centro do ser
reunindo poder;
monólogo de drama
o monstro tece sua trama
tal aranha com inseto
faz do homem, objeto;
dominação
alimentação.
Devorá-lo-á.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Um poema por dia - 16/09 - Arco
16/09
Arco
O senão e o será
Irmãos
De consideração
Rasante previsão
Amante do negar;
Porém, além
A curva e o refém
Poder em exclusão
Solução
Após a conclusão;
O primeiro e o derradeiro
Início e fim, sem meio
Um caminho verdadeiro
Para todo prisioneiro
Jornada e redenção.
Arco
O senão e o será
Irmãos
De consideração
Rasante previsão
Amante do negar;
Porém, além
A curva e o refém
Poder em exclusão
Solução
Após a conclusão;
O primeiro e o derradeiro
Início e fim, sem meio
Um caminho verdadeiro
Para todo prisioneiro
Jornada e redenção.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Um poema por dia - 15/09 - O estrangeiro acordado
15/09
O estrangeiro acordado
Não sobre você, estrela da manhã
De névoa redentora, história anciã
O chamado da noite é mais forte, é primeiro
Primário cenário, solitário estrangeiro
Homem sem terra, órfão do mar
Vive sua guerra, vive sem ar;
Homem sem fé, em preto e branco
Vaga de pé, seco em seu pranto;
Que queres, triste figura?
Desfazer-me de verdade armadura
Ser livre, puro, sincero
Assim vejo, assim sonho, assim quero.
O estrangeiro acordado
Não sobre você, estrela da manhã
De névoa redentora, história anciã
O chamado da noite é mais forte, é primeiro
Primário cenário, solitário estrangeiro
Homem sem terra, órfão do mar
Vive sua guerra, vive sem ar;
Homem sem fé, em preto e branco
Vaga de pé, seco em seu pranto;
Que queres, triste figura?
Desfazer-me de verdade armadura
Ser livre, puro, sincero
Assim vejo, assim sonho, assim quero.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Um poema por dia - 14/09 - O bom inverno
14/09
O bom inverno
Só na floresta
Constrói seu pilar
Dentro da mente
Reduz a maré;
Gritos de rei
Fora da lei
Versos repetidos
Reprisados
Enclausurados
Escravizados na pele;
Ao que a queda se anuncia
O dia corre a se deitar
Não por correr nem por chorar
Majestade do vazio
Quem saberá ser rei sozinho?
O bom inverno
Só na floresta
Constrói seu pilar
Dentro da mente
Reduz a maré;
Gritos de rei
Fora da lei
Versos repetidos
Reprisados
Enclausurados
Escravizados na pele;
Ao que a queda se anuncia
O dia corre a se deitar
Não por correr nem por chorar
Majestade do vazio
Quem saberá ser rei sozinho?
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Um poema por dia - 13/09 - Profecia
13/09
Profecia
Sonhos sombrios me invadem à noite
Fantasmas passados profundos deixados
Destroços de ossos reduzem esforços
E o resto são sobras de sonhos roubados
Serão esquecidos
Cavalos bandidos
Selvagens amigos
Banidos serão
Entre o que foi e o que é
Nada jaz aqui de pé
E o que será, talvez virá
Num canto decidido pelo ar.
Profecia
Sonhos sombrios me invadem à noite
Fantasmas passados profundos deixados
Destroços de ossos reduzem esforços
E o resto são sobras de sonhos roubados
Serão esquecidos
Cavalos bandidos
Selvagens amigos
Banidos serão
Entre o que foi e o que é
Nada jaz aqui de pé
E o que será, talvez virá
Num canto decidido pelo ar.
domingo, 15 de setembro de 2013
Um poema por dia - 12/09 - A partida, o refúgio e a revelação
12/09
A partida, o refúgio e a revelação
Suficiente
Isolado
O corpo é refugiado
Camuflado
Numa praia distante
Horizonte de areias brancas
Pisando memórias tantas
O futuro é um deserto
Areia, sol, concreto
Extenso, imenso
Pretenso eterno
Intenso
Berço e caminho do silêncio.
A partida, o refúgio e a revelação
Suficiente
Isolado
O corpo é refugiado
Camuflado
Numa praia distante
Horizonte de areias brancas
Pisando memórias tantas
O futuro é um deserto
Areia, sol, concreto
Extenso, imenso
Pretenso eterno
Intenso
Berço e caminho do silêncio.
Um poema por dia - 11/09 - No dia em que o vi, não falei, não parei, não ouvi
11/09
No dia em que o vi, não falei, não parei, não ouvi
O diabo se veste de branco
Esvoaçante pela cidade
Não tem idade o corpos santo
Imagem bruta, liberdade
Pronta aparição
Estrela da luxúria do anseio
O rosnado do trovão
Vestido branco, cabelo preto, batom vermelho
Olhos escuros, poderosos inda que ocultos
O demônio move-se entre corpos, entre vultos
Caminha à frente de seus seguidores
Desperta adiante horrores e amores.
No dia em que o vi, não falei, não parei, não ouvi
O diabo se veste de branco
Esvoaçante pela cidade
Não tem idade o corpos santo
Imagem bruta, liberdade
Pronta aparição
Estrela da luxúria do anseio
O rosnado do trovão
Vestido branco, cabelo preto, batom vermelho
Olhos escuros, poderosos inda que ocultos
O demônio move-se entre corpos, entre vultos
Caminha à frente de seus seguidores
Desperta adiante horrores e amores.
sábado, 14 de setembro de 2013
Um poema por dia - 10/09 - Quente noite fria
10/09
Quente noite fria
Corpos colados
Lançados na noite vazia
Apertados
Tomados por luz dourada
Atados
Pernas, braços, fantasia
Segredos e atos
Laços
Descobrindo pedaços
De pele
Com toque delicado
Da ponta dos dedos
A ponta dos lábios
Uma linha melodia
Faz o tom da sintonia
Entrosados
Combinados
Instintos despertos
Sentidos abertos.
Quente noite fria
Corpos colados
Lançados na noite vazia
Apertados
Tomados por luz dourada
Atados
Pernas, braços, fantasia
Segredos e atos
Laços
Descobrindo pedaços
De pele
Com toque delicado
Da ponta dos dedos
A ponta dos lábios
Uma linha melodia
Faz o tom da sintonia
Entrosados
Combinados
Instintos despertos
Sentidos abertos.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Um poema por dia - 09/09 - Canto da noite triste
09/09
Canto da noite triste
Que sabes tu de dor
Sem poder apanhar
Ou bater
Que sabes de amor
Sem querer, sem amar
Ou perder
Que sabes tu
Falando de viver sem temor
Dizendo o que fazer
Qual rigor?
Não diz. Não fala.
Cala.
Caminhemos em silêncio
À sombra da calma
E sabores da alma.
Canto da noite triste
Que sabes tu de dor
Sem poder apanhar
Ou bater
Que sabes de amor
Sem querer, sem amar
Ou perder
Que sabes tu
Falando de viver sem temor
Dizendo o que fazer
Qual rigor?
Não diz. Não fala.
Cala.
Caminhemos em silêncio
À sombra da calma
E sabores da alma.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Um poema por dia - 08/09 - Vencidos e perdidos
08/09
Vencidos e perdidos
*ao amigo Heiner
Perder não é perdido
Tanto quanto
Vencer não é vencido
Veremos vitória verdade
Seremos derrota e saudade
Triunfo também é fardo
Fato reversível
Revés é lição
Fase imprevisível
Escritos da canção
Estrelas da nação
Centenas de heróis reunidos
Tão vencidos quanto perdidos.
Vencidos e perdidos
*ao amigo Heiner
Perder não é perdido
Tanto quanto
Vencer não é vencido
Veremos vitória verdade
Seremos derrota e saudade
Triunfo também é fardo
Fato reversível
Revés é lição
Fase imprevisível
Escritos da canção
Estrelas da nação
Centenas de heróis reunidos
Tão vencidos quanto perdidos.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Um poema por dia - 07/09 - V de veneno
07/09
V de veneno
Vivo
Vejo
Viva
Vinda
Vista;
Vindo
Vulto
Veste
Vasta
Veste;
Volta
Vive
Volta
Vence
Vira
Varre
Vida
Vai-se.
V de veneno
Vivo
Vejo
Viva
Vinda
Vista;
Vindo
Vulto
Veste
Vasta
Veste;
Volta
Vive
Volta
Vence
Vira
Varre
Vida
Vai-se.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Um poema por dia - 06/09 - Canto do dezembro inacabado
06/09
Canto do dezembro inacabado
O verão acabou
Você me deixou
Incompleto
Vazio por dentro
E repleto
De dura certeza
Nunca te tive
Caminhava em estrados
Encruzilhadas
Buracos elevados
Esperando cair
Acabar
Esperando você partir
E se foi
E caí
E se voltar, estarei por aí
Alma ferida
Sem despedida
Caído inda sobrevivi.
Canto do dezembro inacabado
O verão acabou
Você me deixou
Incompleto
Vazio por dentro
E repleto
De dura certeza
Nunca te tive
Caminhava em estrados
Encruzilhadas
Buracos elevados
Esperando cair
Acabar
Esperando você partir
E se foi
E caí
E se voltar, estarei por aí
Alma ferida
Sem despedida
Caído inda sobrevivi.
domingo, 8 de setembro de 2013
Um poema por dia - 05/09 - Poema do sonho no campo
05/09
Poema do sonho no campo
prado
palavra com cheiro de mato
céu azul sobre verde gramado
desnudo
mergulho sozinho no lago
costume de terra arraigado
me perco, procuro o sagrado
ser amado
deixando de ser quebrado
campo arado
sentido meu, pecado
é fardo
destino mal-fadado.
Poema do sonho no campo
prado
palavra com cheiro de mato
céu azul sobre verde gramado
desnudo
mergulho sozinho no lago
costume de terra arraigado
me perco, procuro o sagrado
ser amado
deixando de ser quebrado
campo arado
sentido meu, pecado
é fardo
destino mal-fadado.
sábado, 7 de setembro de 2013
Um poema por dia - 04/09 - Heráclito
04/09
Heráclito
Quem eu era ontem
Não sou mais eu
Tampouco o serei amanhã
Outro
Sempre outro
Um dia a mais
E nunca
Nunca iguais
Hoje
Sou
Um
Único
Som
Na tempestade da terra
Canto exclusivo de um dia
Gota de sangue vazado em guerra
Verso de uma nova poesia.
Heráclito
Quem eu era ontem
Não sou mais eu
Tampouco o serei amanhã
Outro
Sempre outro
Um dia a mais
E nunca
Nunca iguais
Hoje
Sou
Um
Único
Som
Na tempestade da terra
Canto exclusivo de um dia
Gota de sangue vazado em guerra
Verso de uma nova poesia.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Um poema por dia - 03/09 - A ruiva
03/09
A ruiva
Pé no chão
Terra molhada
Grama entre os dedos
A moça é deitada
Musa, ruiva
Pelo que espera?
Pelo amor que considera
E não lhe chega?
Paixão, sabor e dúvida
Pudera
Sozinha espera
Pela chuva, ruiva
A lhe molhar os fios vermelhos
Abençoando-a pelos cabelos
Tocada pouco a pouco em sua pele alva
Lembrada pelo céu
Pela chuva salva;
A ruiva levanta
Cansou de esperar
Caminha pra longe
Pra outro lugar
O amor não lhe chegou
Haverá alguém pra amar?
Veio a água e lhe salvou
Ela vai sem mais voltar
E amanhã, em outro chão
Outro porém, outro senão
A ruiva há de acreditar:
O sol virá pra lhe secar.
A ruiva
Pé no chão
Terra molhada
Grama entre os dedos
A moça é deitada
Musa, ruiva
Pelo que espera?
Pelo amor que considera
E não lhe chega?
Paixão, sabor e dúvida
Pudera
Sozinha espera
Pela chuva, ruiva
A lhe molhar os fios vermelhos
Abençoando-a pelos cabelos
Tocada pouco a pouco em sua pele alva
Lembrada pelo céu
Pela chuva salva;
A ruiva levanta
Cansou de esperar
Caminha pra longe
Pra outro lugar
O amor não lhe chegou
Haverá alguém pra amar?
Veio a água e lhe salvou
Ela vai sem mais voltar
E amanhã, em outro chão
Outro porém, outro senão
A ruiva há de acreditar:
O sol virá pra lhe secar.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Um poema por dia - 02/09 - Sozinho marchei/Noite e dia/Em tempo frio/Solitário e solidão
02/09
Sozinho marchei/Noite e dia/Em tempo frio/Solitário e solidão
Só
Solo
Só
Mono
Um
Uma
O
A
Eu
Só
Apenas
Só
Mente
Sou
Não
É?
Sozinho marchei/Noite e dia/Em tempo frio/Solitário e solidão
Só
Solo
Só
Mono
Um
Uma
O
A
Eu
Só
Apenas
Só
Mente
Sou
Não
É?
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Um poema por dia - 01/09 - Fogo nas entranhas
01/09
Fogo nas entranhas
Do ventre em chamas
O corpo emana
Ama
O passo, o pulso
Voz inflama
Decidida
Seca, pronta e definida
Reclama
Posses, poderes
Ossos, deveres
A fronteira da palavra
Emitida e entoada
Solitária e desejada
Operária e delegada;
Um estranho clama
Pelo canto contido
Relegado, aturdido
Canto ruído
Moribundo e falido
Decadente esquecido
Canto da alma calada
Se engana
Verbo da vida abafada
Insana.
Fogo nas entranhas
Do ventre em chamas
O corpo emana
Ama
O passo, o pulso
Voz inflama
Decidida
Seca, pronta e definida
Reclama
Posses, poderes
Ossos, deveres
A fronteira da palavra
Emitida e entoada
Solitária e desejada
Operária e delegada;
Um estranho clama
Pelo canto contido
Relegado, aturdido
Canto ruído
Moribundo e falido
Decadente esquecido
Canto da alma calada
Se engana
Verbo da vida abafada
Insana.
Um poema por dia - 31/08 - A última gota da ponta da pena
31/08
A última gota da ponta da pena
Salve minha pena
Ponta da lança da alma
Forja-me a cena
Tinta perdida, bandida
Faz minha arena
Sobressaltada e urdida;
Pena ponta, livre e nua
Branca, vaga, falsa rua
Estrada, deserto
Caminho concreto
Das linhas riscadas
Às datas rompidas
Chega luz, estrela aflita
Nasce ideia, nasce escrita.
A última gota da ponta da pena
Salve minha pena
Ponta da lança da alma
Forja-me a cena
Tinta perdida, bandida
Faz minha arena
Sobressaltada e urdida;
Pena ponta, livre e nua
Branca, vaga, falsa rua
Estrada, deserto
Caminho concreto
Das linhas riscadas
Às datas rompidas
Chega luz, estrela aflita
Nasce ideia, nasce escrita.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Um poema por dia - 30/08 - O levante
30/08
O levante
Quem te ensinou a levantar?
Ficar de pé
Até
Poder
Erguer
Tudo que quiser?
O que precisar
Le-van-tar
Contra o que vier
Ao que se mostrar
En-fren-tar
Mãos em guarda só
Não protegerão
Restarão
À
Redenção
Será?
Vivendo, verá.
domingo, 1 de setembro de 2013
Um poema por dia - 29/08 - Minha própria poesia do tempo
29/08
Minha própria poesia do tempo
O tempo especial
Se vai e se acaba
Como o tempo normal
Banal;
O tempo real
Poderia ser sinal
Não se bastasse em atual
O futuro é virtual
O passado, verbal
Palavra apagada
Canção cantada
O tempo é a hora
O tempo é História
O tempo é agora.
Minha própria poesia do tempo
O tempo especial
Se vai e se acaba
Como o tempo normal
Banal;
O tempo real
Poderia ser sinal
Não se bastasse em atual
O futuro é virtual
O passado, verbal
Palavra apagada
Canção cantada
O tempo é a hora
O tempo é História
O tempo é agora.
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