19/11
O tom mais quente de azul
E lá se vai Adèle
Quebrada de amor
Pois pernas e braços cruzados
Se parecem, se confundem;
Com azul por todo lado
Cabelo indomado
Adèle esfomeada se deita sob o sol
Procura a própria essência de ser;
E lá se vai Adèle
Mergulhada no seu próprio mar de lágrimas
Azul como não poderia deixar de ser;
E os cabelos molhados, deixados
Deitam-se nas águas de seu verão;
E lá se vai Adèle
De cabelo comportado
No caminho do passado;
Mal chega e já se vai
Levando agora e sempre
O vazio ao seu lado
Vestindo azul enamorado.